SANTOS, O REI DA AMÉRICA PELA TERCEIRA VEZ

Mais uma vez o talento prevalesceu. A raça é importante, claro. Mas saber jogar futebol é mais ainda. Na grande decisão contra o esforçado time do Peñarol-URU, o placar foi 2 x 1 para o Santos. Mas o placar mais justo seria 4 x 1 para o Santos. Ou melhor, 4 x 0, pois o gol dos uruguaios foi uma injustiça que os deuses do futebol fizeram com o zagueiro santista Durval. Ele foi soberano na defesa durante toda a trajetória da conquista do título, depois da chegada do técnico Muricy Ramalho. Não merecia o gol contra. Mas isso foi só um pequeno detalhe negativo num jogo que Arouca marcou e driblou. Que Adriano foi um monstro na marcação, sempre com bastante garra. Que Ganso voltou e, com apenas um passe de letra, serviu Arouca que serviu Neymar...que serviu talento aos amantes do futebol arte. Um jogo que o goleiro Rafael, brilhante em partidas decisivas, sequer fez uma defesa. Que os gols perdidos do Zé Eduardo foram compensados pela sua enorme disposição. Que Edu Dracena nem teve trabalho, apenas o de levantar (de novo) mais um troféu. Um jogo que coroou o trabalho de um menino sem tanto destaque no time, mas que foi decisivo. Danilo fez o 1º gol da vitória do Santos por 2 x 1 no Paraguai, contra o Cerro Porteño, ainda na etapa de grupos. Foi depois daquele lindo gol de fora da área que o Santos começou de fato seu caminho rumo ao título. E o gol do título de fato também foi dele, sem o chute forte do gol no Paraguai, mas dando um "tapa" na bola, colocando com classe no canto esquerdo, na saída do goleiro uruguaio Sosa. Talento puro. Um jogo que Muricy Ramalho jamais vai esquecer. Muito menos seu filho, que é santista, e que estava na arquibancada vendo seu time e seu pai serem campeões sulamericanos. Seu pai pela primeira vez na vitoriosa carreira. Enfim, um jogo que selou o passaporte do Santos para Tóquio, no Japão. Um jogo inesquecível que fez do Santos Futebol Clube tricampeão da Libertadores. Aliás, somente de um ano para cá, um time que já vestiu o estado de São Paulo, o Brasil e agora a América de branco e preto. Com méritos. E com bastante determinação. Mas, acima de tudo, com bastante talento.


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