segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

SANTOS VENCE DE NOVO O SÃO PAULO E GANSO SENTE A PRESSÃO NA VILA


Paulo Henrique Ganso (ou Paulo Henrique "Judas", como gritaram os torcedores) sentiu a pressão psicológica no seu reencontro com a Vila Belmiro. Lotado, o estádio santista foi um caldeirão de protestos, xingamentos e vaias cada vez que o meia tocava na bola. Na saída para o intervalo, mais uma "chuva de moedas" em sua direção, assim como já havia acontecido na última vez em que ele vestiu a camisa branca nº 10 imortalizada por Pelé. Como já se sabia, de nada adiantaram os pedidos feitos por Neymar e o presidente Luis Álvaro Ribeiro dias antes do clássico, para que os torcedores não hostilizassem o ex-jogador. Todos sabiam que os santistas não o perdoariam. Ganso não quis renovar contrato com o Santos, nos mesmos moldes feitos com Neymar, e não só aceitou como demonstrou vontade de jogar por um time rival. Portanto, dizer que "ficou chateado pela Vila inteira o xingar" parece ser incoerente de sua parte. Sua escalação como titular na Vila Belmiro foi a tentativa do técnico Ney Franco de fazê-lo se motivar, se preparar emocionalmente, seria seu teste de fogo para tentar readquirir seu futebol. Mas o meia atuou sem nenhum brilho, sem gana, sem nada a mais. Tocou a bola de lado e para trás, como de costume, sem criar nenhuma jogada ofensiva, enquanto vê seu concorrente Jadson cair cada vez mais nas graças dos são-paulinos e não o contrário. Muita gente dizia que Ganso iria ofuscar Jadson no time. Mas é o futebol apático de Ganso que dá mais e mais munição para Jadson. Como se tudo isso não bastasse, Ganso ainda foi alvo de uma "pegadinha" de um dos garotos que entrou em campo junto com o time do Santos: Gustavo Henrique Diniz, de 12 anos, fingiu que ia cumprimentar o jogador e saiu correndo. ''A atitude que ele tomou quando saiu me deixou triste'', disse o menino.
Creio que logo o Ganso deve ser negociado com algum time de médio porte da Europa, de algum mercado menos concorrido, como um Shaktar, da Ucrânia, por exemplo. Ou para algum time do futebol russo. O "legítimo" camisa 10 da seleção brasileira para a Copa de 2014 deu lugar a um insosso jogador que atualmente parece fugir da bola dentro de campo.
Sobre o clássico, nada de diferente. A freguesia continua e o Santos venceu o São Paulo por 3 x 1, com 2 gols do bom argentino Miralles e, claro, mais um gol do artilheiro Neymar. E bastante estranho o goleiro Rogério Ceni ser cortado do time horas antes do jogo por dores no ombro. Não pôde ajoelhar no gramado mais uma vez. Paulo Miranda e Lúcio não conseguiram parar o ataque santista liderado por Neymar. O volante santista Renê Junior novamente foi muito bem no meio de campo. Pelo lado são-paulino, a belíssima cobrança de falta de Jadson, de longa distância, na medida, no ângulo direito do goleiro Rafael, que nada pôde fazer para evitar o golaço.
Mas o time do Morumbi ficou no lucro. Poderia ser pior, caso a bola do meia Montillo não tivesse caprichosamente batido na trave. E quer saber? Foi sim pênalti de Paulo Miranda em Neymar, que bateu e fez o gol. Aliás, o lateral do São Paulo deve estar até agora procurando o craque santista.
Agora, nas últimas 7 partidas entre os dois times, o Santos venceu 5 e empatou 2. A freguesia continua.

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