quinta-feira, 27 de março de 2014

CRIATIVIDADE PARA LOTAR OS ESTÁDIOS NO "PAULISTINHA"

O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, disse estar "decepcionado" com o público da 1ª fase do Campeonato Paulista. Segundo levantamento feito pelo site do "Estadão", o rombo com bilheteria na edição deste ano até o fim da 1ª fase chegou a quase R$ 700 mil. Nada menos que 54 de um total de 150 partidas tiveram custos maiores do que as receitas. Funciona assim: Para se realizar uma partida da Série A do modorrento Campeonato Paulista, de fórmula e regulamento duvidosos, os clubes (grandes e pequenos, sem distinção) têm de arcar com exames antidoping, ambulância, confecção de ingressos, policiamento, seguro-torcedor, fiscalização, iluminação, delegado, observador (?), arrecadador, 25% de INSS, fundo de manutenção, etc, entre outras despesas de organização. Em mais de um terço dos jogos de todo o campeonato, o total de dinheiro arrecadado nas bilheterias foi inferior ao custo de todas as despesas citadas. O rombo final chegou a exatos R$ 688.360,12. A média de público da 1ª fase foi de 4.964 espectadores por partida.
O Audax, presidido pelo ex-jogador Vampeta e o time mais comentado do torneio com seu futebol "ousado e inovador" (mas que sequer se classificou entre os 8 melhores da 1ª fase), foi o dono da pior média: 1.016 torcedores por partida. A Ponte Preta, tradicional clube do interior paulista e que chegou às quartas-de-final, foi mandante em oito rodadas, mas teve prejuízo em seis, acumulando um saldo negativo de mais de R$ 90 mil. Daí o sr. Del Nero diz que é necessário mais "criatividade" dos clubes para levar o torcedor aos estádios. Pois bem. Por quê então a Federação não faz a sua parte baixando as suas taxas? Ou melhor ainda. Por quê a Federação não leva ainda mais diversão e entretenimento aos torcedores contratando shows de artistas famosos para cantar nos estádios depois dos jogos? Pelo mesmo preço dos ingressos atuais, é claro. Além de levar mais público ao seu campeonato, a FPF ainda realiza o sonho de tanta gente de ver seus ídolos de perto, com direito a uma peleja antes. Olha só. Por até R$ 100 mil, podem contratar Belo, Gian e Giovanni, Latino, Molejo, Buchecha e muitos outros. Na faixa entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, há atrações como Skank, Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Jota Quest, Bruno e Marrone ou Victor e Léo. Acima dos R$ 300 mil, os nomes da moda: Gustavo Lima, Luan Santana, Thiaguinho, Fernando e Sorocaba ou Michel Teló.
Certeza de estádios cheios. E a Federação, além de agir socialmente ao promover mais entretenimento aos torcedores, faz valer sua parcela de contribuição aos clubes ao alavancar as receitas com os jogos sem graça do Campeonato Paulista, que seriam as preliminares dos shows.
Outra dica? Repatriar jogadores e colocá-los para jogar nos times do interior do Estado durante o Campeonato Paulista. Imagina o Daniel Alves jogando no Rio Claro, o Marcelo no Penapolense, Hulk no São Bernardo, Diego Costa no Mogi Mirim, Robinho no Comercial, Lucas no Oeste, Kaká no Linense, Thiago Silva no XV de Piracicaba, David Luiz no Atlético Sorocaba, Neymar no Botafogo, Bernard no Bragantino ou Vagner Love no Ituano? Seriam contratos temporários de curta duração, de no máximo 45 dias, que não devem ser tão caros assim. Nada que a Federação Paulista não possa pagar.
É só usar a criatividade.

Fontes: site "Estadão Esportes" http://migre.me/ivco2 e site "F5 Folha"  http://migre.me/ix0ro

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