sábado, 28 de março de 2015

O 3 x 0 "ELÉTRICO" NO CHOQUE-REI


" Jogamos os 90 minutos em casa contra o São Paulo da mesma forma que jogamos os primeiros 10 minutos contra o Santos, na Vila Belmiro."
O veterano e polivalente Zé Roberto definiu assim a incontestável vitória do Palmeiras sobre o São Paulo, pelo Campeonato Paulista, logo depois do fim do primeiro clássico disputado entre ambos no Allianz Parque.
O Palmeiras estava há mais de um ano sem vencer um clássico (era uma sequência de oito derrotas e dois empates). Depois da sofrível campanha em 2014, foi o clube que mais buscou a reformulação neste começo de temporada. Contratou muita gente, entre afirmações e interrogações. E precisava de uma "prova-de-fogo" para mostrar à sua torcida que estava no caminho certo. Afinal, o time vencia os pequenos com certa facilidade, mas perdeu os três jogos contra times da Série A: Ponte Preta, Corinthians e Santos. Vencer o clássico diante do contestável São Paulo, dentro de casa, era encerrar esse incômodo "jejum" em jogos mais importantes.
No fim da partida, o placar de 3 x 0 para os palmeirenses foi a lógica de um jogo quando um time entra em campo para vencer enquanto o time adversário entra em campo para não perder. O Palmeiras foi vibrante, intenso e encurralou o São Paulo durante os 90 minutos. O time de Oswaldo de Oliveira, que enfrentou Corinthians e Santos da mesma forma que jogou diante de Capivariano e Penapolense, dessa vez foi bem diferente contra o São Paulo.
Ao invés de citar as duas falhas de Rogério Ceni no 1º gol, prefiro enaltecer o raciocínio rápido e a técnica de Robinho, que fez um legítimo gol de placa quase do meio-de-campo. Se Rafael Tolói e Michel Bastos não aguentaram a pressão e foram expulsos, prefiro dar méritos para Dudu, que teve malícia o jogo inteiro e fez a diferença na construção da vitória desde o início, com direito a "brincar de cavalinho" nas costas do rival.
O "Choque-Rei" foi de um time só. Não porque novamente o time de Muricy Ramalho foi apático e sonolento. Mas porque o Palmeiras se impôs do começo ao fim. Rápido, confiante, com marcação forte. Fez três belos gols sem forçar. Só não fez mais gols porque no 2º tempo perdeu a concentração que sobrou no 1º tempo. Como definiu o incansável Zé Roberto, o segredo do Palmeiras foi a intensidade, sempre fundamental para decidir um clássico.
O Palmeiras venceu e convenceu pela primeira vez em 2015. O São Paulo ainda não.

Nenhum comentário: