quinta-feira, 12 de março de 2015

O SANTOS, INTENSO. E O PALMEIRAS DO MESMO JEITO.


" - Eu jogo contra o Santos do mesmo jeito que eu jogo contra qualquer outra equipe. Jogador tem que gostar de jogar qualquer partida. Mas o jogo está bom, bem corrido."
Foi assim que o goleiro Fernando Prass definiu no intervalo a partida contra o Santos na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista, perguntado por um repórter se a motivação num clássico era diferente devido à intensidade mostrada dentro de campo. Talvez esse pensamento do experiente goleiro seja o reflexo de mais uma derrota do Palmeiras em clássicos (são oito derrotas e dois empates nos últimos dez clássicos disputados).
O time do técnico Oswaldo de Oliveira não muda nas partidas mais importantes. Jogou contra Corinthians e Santos da mesma forma que jogou contra Capivariano e Penapolense. E daí a coisa complica. O Santos não enfrentou São Paulo e Palmeiras da mesma forma que enfrentou Linense e São Bernardo. A atitude e a pegada são outras, por isso o futebol intenso e vibrante durante os 90 minutos. Ou melhor, no caso do clássico contra o Palmeiras, durante cerca de 80 minutos, já que nos primeiros 10 minutos só o Palmeiras jogou e até fez gol. Depois disso, não viu mais a cor da bola e até se descontrolou em vários momentos do 2º tempo.
O Santos, em casa, foi para cima do Palmeiras e teve o controle do jogo a partir da metade da etapa inicial. A dupla Robinho e Ricardo Oliveira por um bom tempo estará nos sonhos dos defensores palmeirenses. Enquanto um pedalava, abria espaços e confundia a marcação, o outro chegava sempre com perigo e até fez a função de garçom no lance do gol de empate ainda no 1º tempo. O Santos, bastante ofensivo, era rápido e envolveu o Palmeiras que "se assustou". Arouca sentiu a pressão das vaias da torcida e se enrolou na marcação, recebeu cartão amarelo e até "apelou" num lance entre ele e Robinho. Allione, Zé Roberto, Dudu e Cristaldo, os principais jogadores do Palmeiras do meio para a frente, estiveram bem abaixo do esperado e pouco produziram. E Robinho (o genérico) teve atuação apagada. Aliás, deveria ser proibido outro "Robinho" entrar em campo na Vila Belmiro.
A defesa do Palmeiras se virou bem e resistiu até o golaço de Ricardo Oliveira, uma cavadinha sutil sobre o goleiro Fernando Prass dentro da pequena área, após belo passe de Robinho. 2 x 1, de virada. Poderia ser pior.
O Palmeiras vinha de seis vitórias seguidas contra Rio Claro, São Bento, Penapolense, Capivariano, Vitória da Conquista e Bragantino. Contra o Santos, o time tentou e até saiu na frente. Mas logo foi superado pela velocidade e a intensidade do ataque santista. Afinal, o Palmeiras não muda seu jeito de jogar. Nem nos clássicos.

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