sábado, 31 de outubro de 2015

ESSE TAL DO "MAIS DO MESMO" VALE ATÉ QUANDO?

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?
Que semana, amigos! Tenho vivido dias dignos das montanhas russas do Bush Gardens, mas quem não está, não é mesmo?

E a Chape, hein? O time desejou ardentemente essa classificação e jogou contra o River dando a impressão que sequer lembrava da sua história e do peso da sua camisa. A verdade é que em muitos momentos colocou o Millonarios contra a parede e, sinceramente, eu acreditei que fosse possível até o minuto final. Porque era possível, sim. Mesmo desfalcada, a equipe mostrou um brio de dar gosto e perdeu muitos gols. Ok, não era pra ser.
O River nas últimas campanhas não perdeu um jogo fora de casa em mata-matas. Pois a Chape conseguiu esse feito. Que os torcedores se orgulhem e que os considerados “grandes” se espelhem. É inquestionável que a jornada desse time na Copa Sul-Americana ganha espaço na prateleira da memória afetiva do futebol brasileiro.


Na mesma pegada, mas em terras de Rainha, sabemos que a Copa da Liga Inglesa não chama a atenção de ninguém, né? Pois é, ainda assim, nenhum time quer ser desclassificado, especialmente quando se trata do Manchester United jogando em Old Trafford.Van Gaal optou por um time misto para encarar o Middlesbrough, o que foi insuficiente, pois os visitantes entraram para marcar presença. Os Red Devils estavam perdidos e quando conseguiram minimamente se encontrar em campo, o juiz decretou o final da partida e a decisão por pênaltis.
Eis que a medalha de Rooney, Carrick e Young pesou demais contra o goleiro espanhol do Boro que garantiu uma classificação heroica. O lado bom disso? Agora o United abre espaço na agenda para se firmar na Premier e na Champions. Para o Boro fica a chance de brigar pelo acesso na segunda divisão com a promessa de uma temporada quente.

Pela Alemanha, pois é...pudemos ver mais um 7 x 1 nessa semana.
O sorteio da Copa da Alemanha é meio kamikaze, pois não separa as potências da Bundesliga dos demais times regionais até da quinta divisão. Ou seja, há partidas que dão dó. E foi o que vimos nos passeios de Borussia Dortmund e Bayern Leverkusen.
Na última quarta-feira, ambos avançaram para as oitavas de final. O Dortmund, já sem o técnico Jürgen Klopp de quem eu sou fã ardorosa, foi o autor do placar que nos remete à pior lembrança do futebol brasileiro, contra o rebaixado Paderborn. E o Leverkusen fez o já famoso três vira e seis acaba contra o Viktoria Köln, este da quarta divisão. O meu destaque é para Julian Brandt, um garoto ponta esquerda que promete muito.


Agora eu vou falar em papo direto e reto. O São Paulo não só perdeu do Santos. O São Paulo tem perdido para ele mesmo.
A diretoria, o time e até mesmo a estrutura de hoje são uma metáfora de tudo o que esse clube foi em passado recente. Quanto à diretoria, o negócio é o seguinte: você sabe administrar futebol? Talvez não tão profundamente, mas se não É sua missão, ao menos, administre PARA a missão. Afinal, requisito mínimo para a gestão hoje em dia: não sabe fazer, contrate quem faça bem. Política, vaidade, conflito de interesses, etc e tal existem desde que o mundo é mundo, que então, tenham limite e um pingo de respeito pela entidade para que todas essas que deveriam ser exceções deixem de ser regras e voltem ao seu devido lugar.
Doriva? Talvez, em outros tempos, poderia se transformar na pessoa certa. Contudo, hoje é a hora errada. Sem subestimar, mas um clube desse tamanho, com esses problemas, requer alguém com cancha para bancar isso tudo. Fica a impressão que estão tentando apagar o incêndio na floresta pela água levada no bico de um beija flor. Chega de romancear!
Vale o mesmo para o time. Há nomes ali que devem agradecer a Deus todos os dias por terem a chance de viver o São Paulo, pois com uma gestão em sã consciência, não teriam lugar no time em momento algum.
Futuro? O que o torcedor espera é uma diretoria composta por pessoas decentes que pensem em sustentabilidade, respirem futebol e que acima de tudo carreguem o São Paulo em seu DNA. Precisamos de um técnico estrategista, conhecedor dos padrões de jogo atuais para buscar as peças mais adequadas que vistam a camisa desse clube como segunda pele. Utopia? Penso que não, afinal, mesmo diante do mercado que se tornou, ainda vemos isso em outros clubes. Precisamos também de tempo, paciência e amor. Sim, aquele amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (curiosamente esta é uma menção da Bíblia, de 1 Cor. 13, 7).
Enfim, a torcida por dias melhores segue viva. A consciência de que não será fácil também. Eu adoro coisas impossíveis, difíceis, pois dizem que a concorrência lá é menor. #LutaSPFC

Adelante!

Um beijo e até a próxima...


* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

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