domingo, 21 de fevereiro de 2016

JOGO PEGADO, MAS... 0 x 0 ??


O técnico Marcelo Oliveira disse que "esperava mais de sua equipe". Eu também. Não só do Palmeiras, mas do clássico em si que tinha tudo para ser um grande jogo de futebol, por toda a rivalidade que se acirrou entre  Palmeiras e Santos durante a temporada de 2015. Mas foi, no máximo, um jogo pegado. E sem gols.
O Palmeiras, mais limitado tecnicamente que o Santos, se mostrou ansioso demais tentando buscar a vitória a qualquer custo, sempre a espera de um possível erro do adversário. Pouco produziu além de bolas alçadas na área e um ou outro chute de longa distância. O time jogou para não perder. E não perdeu.
O Santos, melhor organizado em campo com dois meias e dois atacantes, tratou de trocar passes e contra-atacar em velocidade. O time de Dorival Júnior chegou com mais perigo ao gol palmeirense e só não saiu com a vitória do Allianz Parque devido à boa atuação do goleiro Fernando Prass e à falta de tranquilidade e pontaria de Gabriel, que perdeu pelo menos três chances claras de frente para o gol.
Os dois treinadores bem que tentaram encontrar uma saída para fugir do 0 x 0 e fizeram todas as substituições possíveis. O do Palmeiras tirou um volante e colocou um atacante, Gabriel Jesus, que continua sendo uma "promessa de craque". Nada mudou. Aliás, o time parece não ter padrão de jogo. Marcelo Oliveira, pressionado por resultados indesejados até aqui, até que promove algumas mudanças no decorrer das partidas, mas sua equipe continua dependente das individualidades e de lampejos de inspiração, que podem vir de um lançamento inesperado de Robinho ou quem sabe de uma jogada de craque de Dudu. Mas não há uma investida trabalhada, um padrão tático definido, um conjunto eficiente. Já o técnico Dorival Júnior injetou sangue novo ao colocar o camaronês Joel no lugar do nervoso Ricardo Oliveira, que já tinha sido advertido com cartão amarelo e estava se esforçando para ser expulso com entradas mais duras, quase sucumbindo às provocações da torcida palmeirense que o persegue desde a final da Copa do Brasil em dezembro do ano passado (quase três meses depois, o atacante santista continua sendo mais "falado" pelos palmeirenses que o próprio Palmeiras). O Santos continuou melhor na partida, criando mais, porém as apostas de seu treinador também não foram suficientes para abrir o placar.
O temporal no 2º tempo teve sua parcela de contribuição para o empate. Mas todos esperavam mais deste clássico. Principalmente um Palmeiras mais atrevido dentro de casa e um Santos mais "cirúrgico" nas oportunidades que criou.
Esperava-se bem mais que apenas um jogo pegado de 0 x 0.

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