sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MENU DE HOJE: CHAMPIONS LEAGUE #RoadToMilan

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


Quem nunca se arrepiou ao ouvir os primeiros acordes do hino da Champions League?
Aliás, sempre lembro de Nelson Rodrigues, que certa feita disse "o futebol não é só um jogo banal em que 11 de cada lado tentam fazer gol. É uma luta heroica de gladiadores não pela vitória, mas pela vida. Um épico camoniano cercado por torcidas delirantes".
Pois, esta que vos fala é mais uma, como diria certa música, “louca, apaixonada” por essa competição. Como tal, dei os meus pulos para, disciplinadamente, saborear no menu de hoje tendo como pratos principais o meu Barcelona frente ao Arsenal e a Vecchia Signora contra o poderoso Bayern de Munique, graças ao bom e velho VT!
E meus amigos, foram jogos à altura de um campeonato dessa envergadura. Vamos ao que interessa, a começar por Juve e Bayern.

O jogo em Turim, em minha opinião foi perfeito, justamente porque equilibrou estratégia e raça. Adoro o momento das escalações, porque ali já se sente o que poderá ser a partida. Guardiola, que dizem já estar com a cabeça em Manchester, o que eu duvido, foi com tudo, sem zagueiros de origem. Allegri, sempre tradicional, apostou na forte marcação e na velocidade da saída de bola.
A posse de bola do time bávaro foi esmagadora, com um volume de jogo incrível com Lahm, Alaba (adoro esse jogador), Thiago e Vidal. Porém, parou na marcação muito bem postada da defesa bianconera, aliás, me rendo a Bonucci que teve uma performance memorável.
Já a Juve errou uma enormidade de passes e não conseguiu qualificar os contra-ataques. De tanto insistir, especialmente nos cruzamentos, o Bayern, ao final da etapa inicial foi finalmente agraciado com um gol de Muller. Muito justo.
Para quem imaginou que a partir disso, viria um baile no segundo tempo, muito se enganou. O time de Turim ganhou consistência no meio com Hernanes e Sturaro e Dybala e Morata, na frente, mostraram o seu valor.
A questão aí é que estamos falando de um Bayern que não perdoa. Ainda me custa a crer que marcadores pelo mundo continuem deixando Robben fazer a sua jogada sempre manjada, de cortar para o meio e com a perna esquerda estufar a rede adversária. Mais um belo gol do holandês!
Acabou o jogo na Itália? Não no que dependesse da força física e do poder de reação da Juve que arrancou um empate histórico deixando a sua moral nas alturas.
Isso diminui o favoritismo do Bayern na Allianz Arena? Não. Contudo, a considerar o repertório recente da Velha Senhora, não há o que se duvidar. Nada está decidido.



Enquanto tudo isso aí rolava, ao mesmo tempo, no Emirates Stadium, em Londres, mais uma vez o meu Barcelona enfrentava o Arsenal. Coisa linda!
Só um rápido parênteses. Normalmente, quando não consigo ver as partidas do Barcelona, ouço o jogo pela Rádio Barça no aplicativo do clube. Olha, ninguém merece a narração blasé em inglês para fazer morrer de sono.
Sobre o jogo. Confesso que em muitos momentos sonhei em olhar para a área técnica e rever Guardiola ali em pé, com o seu terno de corte impecável.
Esse Barcelona de Luis Enrique é um time que controla o jogo na troca de passes, mas que logo busca imprimir velocidade na transição em busca da excelência individual de seu tridente mágico. Porém, estava parando na defesa adiantada do Arsenal.
Já o Arsenal foi em busca da bola do jogo, principalmente com Chamberlain e Giroud. Parou nas mãos de Ter Stegen e quem não faz... o resto, vocês sabem. Os gunners apostaram tanto no contragolpe e justo contra um time como o Barcelona que, em qualquer momento, pode tirar um lance da cartola. E foi o que aconteceu.
Messi, em partida não tão brilhante, superou Petr Cech, o que até então não havia acontecido. O time da Catalunha é ardiloso, pois joga em cima dos erros do adversário com uma precisão cirúrgica. Flamini e Chamberlain cometeram erros individuais cruciais.
O Arsenal é valente, mas também é a tradução da mentalidade do seu técnico “vitalício”, Arsène Wenger que mencionou após o jogo: "Temos entre 2 e 5% de chances de classificação; eles têm entre 95 e 98%".
A busca pela classificação no Camp Nou é improvável, mas não impossível. Se eu acredito nisso? A polêmica da mítica história dos hemisférios do cérebro responde a essa questão. O meu lado esquerdo, pragmático e sisudo, diz que há chance. O meu lado direito dá uma piscadela, sorri e diz: Visca Barça!
Normalmente, no futebol quando nada se espera, muito acontece. Quando se trata de

Champions League, muito se espera e tudo acontece!

Um beijo e até a próxima!



* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

Nenhum comentário: