quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A NOITE DO BAILE DOS MENINOS. E DO AROUCA.


Uma noite inspirada de um volante, que parece ter contagiado um time inteiro praticamente formado por garotos que realizaram o sonho de, um dia, jogarem um clássico pela equipe profissional contra o maior rival, diante de milhões de internautas, ouvintes e telespectadores. Essa foi a noite mais recente da mais nova geração de Meninos da Vila liderados pelo tal volante, o velho e bom Arouca. Uma noite que fez lembrar aquele Arouca aguerrido e operário do Santos de 2010 e 2011, quando goleadas eram tão normais quanto feijão com arroz. Arouca era o "carregador de piano" de uma equipe com garotos atrevidos, irreverentes, rápidos, precisos, endiabrados, goleadores. O velho e bom Arouca que nessa noite muito provavelmente não ficou satisfeito com o placar final de 5 x 1 para seu time. Por que queria mais. Por que sabia que cabia mais. Por que o jogo era contra "os caras". Arouca raramente arrisca um chute ao gol, por isso raramente faz gols. Ontem ele arriscou. E fez o gol 1/5. Mais que isso, Arouca cruzou, correu, marcou, fez faltas, deu carrinhos, driblou, deu assistências, suou, comemorou e sorriu. Não é o maestro da equipe, mas nessa noite inspirada foi o dono da batuta. Deu o exemplo. Deu o sangue. Podemos até dizer que ele sempre se dá bem contra o Corinthians, já que também fez um dos gols da final do Paulista de 2011.
Nessa noite, após o 5º gol santista, o time do Corinthians pediu arrego. Não aguentava mais correr. Os últimos 15 minutos foram de exibição da molecada do Santos diante de sua torcida e de milhões de outros torcedores. Para os meninos, colocar os "campeões mundiais" na roda e ouvir o grito de "olé" das arquibancadas tinha o mesmo sabor (ou quem sabe até mais prazeroso) do que estufar mais vezes a rede. Porque o grito de "olé" faz arder o ouvido dos adversários, machuca sem dó. A molecada santista tirou o pé, afinal, com a goleada por 5 x 1, a fatura já estava mais do que liquidada. O time do técnico Mano Menezes olhava a bola correr, de um lado para o outro, da defesa para o ataque, de pé em pé, desejando que a noite acabasse logo. Além do forte calor, o jogo dentro de campo também estava quente demais contra eles. Não queriam mais correr atrás dos meninos e do Arouca. E sabiam que foi pouco. Poderia ser pior.

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