segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DO "TERRÃO" DE MOÇA BONITA AO FIM DA "EMPATITE"

Gramado de Moça Bonita, palco do jogo entre Madureira x Fluminense

Os estaduais começaram e com eles a temporada do futebol em 2014. Fácil dizer que os jogos da fase final da Copa São Paulo de juniores empolgam bem mais do que praticamente todas as partidas da 1ª rodada do Paulista, do Carioca, do Gaúcho e dos demais torneios regionais espalhados pelo país. Vale dizer também que, na empolgante Copa São Paulo, a entrada é gratuita. E no Carioca, por exemplo, torcedores rubro-negros tiveram que desembolsar pelo menos R$ 60 para assistir, no Maracanã, o time reserva do Flamengo vencer pelo placar mínimo a equipe mediana do Audax-RJ. Mas já dizia o outro que dinheiro não dá em árvore, é verdade, e estamos numa época em que até a CBF faz exigências para liberar empréstimos a seus clubes filiados que, inclusive, a mantém. Portanto, vamos matar a sede de futebol dos torcedores cobrando ingressos caros. É preciso compensar a falta de público com maior arrecadação na bilheteria, simples assim.
E aquele campo do jogo entre Madureira x Fluminense, em Moça "Bonita"? É sensato cobrar ingresso para ver uma partida de futebol num campo de terra batida como aquele? Onde estava o verde do gramado? E quantos estádios pelo interior ainda possuem arquibancadas de madeira? Esse é o charme e a tradição dos campeonatos regionais?
Falando agora de futebol, pouca coisa parece ter mudado no Paulista. O São Paulo começou do mesmo jeito que terminou a temporada passada. Perdendo. 2 x 0 para o Bragantino, em Bragança. E mostrando que ainda precisa de reforços. Aloísio, o esforçado "Boi Bandido", fez falta no time de Muricy, que logo na estréia ouviu vaias enfurecidas de sua torcida. Oque significa que a paciência de boa parte dos são-paulinos acabou na última rodada do Brasileiro de 2013. Ganso, ainda sonolento, ouviu sonora bronca do também  impaciente Rogério Ceni que, no fim do jogo, disparou para todos os lados. E Luis Fabiano continua improdutivo.
O Palmeiras voltou à elite no ano de seu centenário. Na estréia do Paulista, venceu de virada o Linense por 2 x 1, no Pacaembu. Segue como interrogação e o bom início na temporada vai marcar a permanência ou não do técnico Gilson Kleina, que nem de longe é unanimidade entre os palmeirenses. Valdivia, claro, continua sua saga em ser poupado das lesões.
O Santos continua vendo a solução para seus problemas em sua forte categoria de base. E continua dependendo dela. O time da Copinha joga um futebol envolvente, irreverente e atrevido, bem diferente do jogo burocrático da equipe profissional que estreou no Paulista com vitória por 1 x 0 sobre o XV de Piracicaba, na Vila Belmiro. Esperava-se mais na estréia. Onde estava o homem de R$ 42 milhões, Leandro Damião? Por causa de mais uma novela com as trapalhadas da atual diretoria, o centroavante foi apresentado, andou de bonde, posou de bigode, mas só deve estrear na 4ª rodada. Pior: ao que tudo indica, o técnico Oswaldo de Oliveira não terá o tal "elenco recheado" que deve ter sido prometido a ele pelos atuais dirigentes, que não sabem vender nem contratar. E com a saída de Montillo para a China e a provável saída de Cícero, o treinador terá que quebrar a cabeça com esquemas táticos mirabolantes, o que não é o seu forte. Apostar na base será, mais uma vez, o caminho em 2014. Só que jogo na base é uma coisa e jogo profissional é completamente outra. A pegada é bem outra. Deu certo em 2002? Sim. Porém, a base de 12 anos atrás era de uma safra de garotos mais qualificada do que a de agora. E o time também era melhor, o que facilitou bastante para a turma de Diego, Robinho, Alex, Renato e companhia. E até para o técnico Leão, na época, soltar os meninos com confiança no time de cima.
O único time que progrediu em relação a 2013 foi o Corinthians. Agora com Mano Menezes, a equipe venceu a Portuguesa "fora de casa" por 2 x 1. Isso mesmo. O time conseguiu uma vitória e marcando 2 gols, algo raro de se ver no ano passado. Será que a tal "empatite" deixou o Parque São Jorge de fato? Afinal, o time que era difícil de perder em 2012 se tornou o time que era difícil de se ver em 2013. E de vencer. Tite saiu. Veio o Mano, que conhece bem o clube e tem a confiança dos dirigentes. O que não mudou foi a presença de Alexandre Pato no banco de reservas. Esse sim continua a interrogação de R$ 40 milhões.

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