terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NOVELA, DRAMA OU COMÉDIA DE ALEXANDRE PATO?

O "espetáculo Alexandre Pato” continua modorrento e sem maiores emoções, no entanto ainda em cartaz. Mudou o “diretor” (saiu Tite e entrou Mano), mas a atuação do protagonista continua abaixo do esperado. O público, insatisfeito, dá sinais cada vez mais claros de impaciência e as vaias ao fim de cada apresentação estão bem mais frequentes, em alto e bom som. O ator principal resolveu reagir e afirmou que “não joga sozinho e que se sente isolado na frente”.
O fato é que a enorme e cara interrogação de R$ 40 milhões existe há mais de um ano no Parque São Jorge. Se antes os problemas do jogador eram as constantes lesões na época de Milan, dessa vez o estigma parece superado. Alexandre Pato está desmotivado, joga por jogar e não consegue mostrar nem de longe o talento que tanto se esperava dele, algo inimaginável para boa parte dos jornalistas esportivos quando ele chegou da Itália. A torcida corintiana passou então a exigir, no mínimo, raça e disposição do atacante dentro de campo. Entenda-se por isso que Pato, se não faz gols, tem que voltar para marcar e dar carrinho, por exemplo. Mas como ele vai fazer isso se esse não é o seu estilo? E nunca foi, desde os tempos em que despontou no Internacional até no futebol italiano. Pato não é jogador que sabe lidar com a pressão e a cobrança de um time de massa, como o Corinthians. E seu futebol nunca foi o que grande parte da mídia sempre quis cravar que é. Ídolo? Não vingou e falta bola para isso. Nem a chance de disputar uma Copa do Mundo no Brasil mexeu com seu brio e seu lado emocional.
Pato não tinha a preferência de Tite, não tem a plena confiança de Mano, não é unanimidade entre os dirigentes e agora está sendo repreendido até pelos próprios companheiros de equipe. Em má fase há tempos, a diferença salarial pode estar causando mal estar no elenco. O atacante precisa assumir a responsabilidade pelo seu fraco desempenho, sem querer “espalmar” a situação declarando que “não joga sozinho”. Afinal, um investimento de R$ 40 milhões não é para qualquer jogador, levando ainda em consideração que seu baixo rendimento não é físico e sim técnico.
Mesmo quando estava sem jogar na Itália, tinha a pinta de galã ao lado da bela e vip Bárbara Berlusconi, a celebridade filha do dono. Ao deixar o Milan, perdeu também esse status. Pato foi uma tentativa em vão de tentarem forçá-lo a ser ídolo no Corinthians. E se não for ídolo não consegue emplacar sequer uma boa estratégia de marketing, o que lhe faria pelo menos vender camisas e produtos oficiais do clube. Os valores de patrocínio com seu esperado bom futebol e sua presença no time também poderiam ser rediscutidos com as empresas e ampliados, porém os números obtidos pelo Corinthians na temporada passada são facilmente atingidos mesmo sem o apelo da “estrela” de Pato.
Ainda tem a pinta de galã? Pode ser que sim, mas não volta pra marcar, não dá carrinho, não faz cara feia, não provoca o adversário, não é titular e não faz gols. Por essas e outras que dificilmente Alexandre Pato vai cair nas graças dos corintianos.

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