quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

AS AFIRMAÇÕES DO VIBRANTE SAN-SÃO


Campeonatos estaduais são desnecessários. Basicamente servem para colocar em crise o time grande que chegou, mas não ganhou. Já o time grande campeão não fez mais que sua obrigação. Pois bem, ganhar ou perder de times do interior não serve como referência ou parâmetro para se ter a real dimensão da capacidade de um time na temporada. O tal “laboratório” que muita gente costuma chamar os Estaduais resume-se aos clássicos. Esses jogos sim funcionam como um termômetro de cada equipe para competições mais importantes.
E pela 4ª rodada do Campeonato Paulista, Santos e São Paulo fizeram um clássico de afirmações na Vila Belmiro. Quem olhasse para as escalações antes do jogo, apostaria que o time de Muricy Ramalho teria ampla vantagem sobre a equipe de Enderson Moreira. Mas como o futebol não é matemática tampouco uma ciência exata, dentro de campo “clássico é clássico e vice-versa”, como dizia Vicente Matheus.
O São Paulo teve mais volume de jogo enquanto o Santos criou as melhores chances de gol, que foram muitas. Em todas, lá estava debaixo da trave um "menino" de 42 anos para garantir o empate de 0 x 0 naquele que desde já é cotado para ser o melhor jogo do campeonato. É bem verdade que o ataque santista colaborou para consagrar mais uma partida do maior ídolo são-paulino. Ao invés de acertar o gol, os santistas não conseguiram errar Rogério Ceni. De todas as suas defesas, a mais importante aconteceu aos 33 minutos do 2º tempo, quando Marquinhos Gabriel dentro da área bateu de primeira no canto esquerdo e o camisa 1 fez um milagre. O rebote voltou nos pés de Renato, que chutou forte e Ceni fez outra intervenção impedindo o gol como já havia feito uma dezena de vezes na mesma noite. A vitória no clássico seria justa para o Santos, porém o empate em 0 x 0 foi justo diante de mais uma atuação de destaque de Rogério Ceni.
Diferentemente do que muitos santistas imaginavam há duas semanas, o time do Santos não está tão mal assim, pelo menos dentro de campo. Se com a casa bagunçada e com um elenco em formação o time mostrou vibração e ousadia e merecia a vitória no clássico, imagine no dia em que o clube for tão "moderno, competente e organizado" fora de campo como o São Paulo.
Para o santista, fica a certeza de que o time atual é melhor que o do ano passado. E dias melhores podem vir. Para o são-paulino, talvez fique a sensação de que falta algo a mais para o elenco que é considerado o melhor do Brasil na atualidade. O São Paulo precisa provar e ganhar um título. A cobrança já foi feita publicamente pela diretoria ao técnico Muricy Ramalho e todos lá dentro sabem qual é a preferência pelo troféu a ser erguido.
Para isso acontecer, a pegada tem que ser outra quando a bola rolar diante de equipes que não sejam Penapolense e Bragantino, por exemplo. Brilhar somente fora de campo e na lista da escalação não basta.
Na dúvida, pergunte ao presidente Carlos Miguel Aidar se ele montou o atual elenco do São Paulo para vencer Capivariano ou XV de Piracicaba, por exemplo.

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