ALLIANZ PARQUE: A IMAGEM DA PRIMEIRA RODADA

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"7 x 1 foi pouco". Essa foi a reação de muita gente quando soube que a marca "Allianz" foi coberta no interior do estádio Allianz Parque, antes do jogo de abertura do Campeonato Brasileiro entre Palmeiras x Atlético-MG.

Quer dizer que uma companhia de seguros investe cerca de R$ 300 milhões para associar sua marca a um moderno estádio pelos próximos 20 anos e tem sua logomarca coberta durante a transmissão de TV do maior torneio de futebol do país? Em terras tupiniquins, sim.
A emissora que detém os direitos de televisão ou sabe-se lá quem reclamam da decadência de nosso futebol e quando surge uma ação de marketing desse porte, pratica-se então o "anti-markenting"?

Logo em seguida aparece outra questão: como os dirigentes do clube aceitaram que a exposição da marca Allianz não fosse permitida?

Tudo se explica. São as entrelinhas, os tais do "eu aceito" nos termos de uso na hora de assinar o contrato de transmissão de TV. Além dos direitos de exibição dos jogos, também pertence à televisão a venda das placas de publicidade que ficam em volta do campo e das marcas que ficam expostas até o segundo anel das arquibancadas. Propaganda "extra-oficial" somente pode ser colocada a partir do terceiro anel, bem lá em cima, longe dos holofotes e das câmeras.

Ou seja, pela incessante busca por recursos financeiros e, no caso, pela principal receita que hoje é o dinheiro da televisão, os clubes aceitam tudo na hora de assinar. E quem paga, seja o valor justo ou injusto, passa a ter o direito daquilo que adquiriu por contrato.

Será que a TV brasileira também vai cobrir a marca da seguradora no jogo entre Bayern x Barcelona, pela Champions League, no Allianz Arena, em Munique?

Por outro lado, toda a repercussão teve um saldo positivo para a companhia de seguros, exatamente pela situação inversa. Até quem nunca tinha ouvido falar, pelo menos procurou saber, devido à polêmica, o que era "Allianz". Uma baita propaganda.