quinta-feira, 7 de maio de 2015

SEMIFINAIS DA CHAMPIONS LEAGUE, OS JOGOS DO ANO!

JUVENTUS STADIUM, JUVENTUS 2 x 1 REAL MADRID

Querido diário,
Chegou a hora. Hoje tem!
Aquela velha máxima, “quando muito se espera do futebol, pouco acontece” definitivamente não vale quando se trata de Champions League. Aliás, esta é a competição que faz o coração desta que vos fala bater muito, muito mais forte.
Caminhamos ao final da temporada na Europa e já bate aquela saudade. Ainda temos algumas finais importantes pela frente, mas, meus amigos, esses jogos da semi da UCL, para mim, são e serão os confrontos do ano.

Vamos ao que interessa que é bola rolando para Juventus e Real Madrid. Ao longo da partida concluí que Pogba fez menos falta ao Juventus do que Modric fez ao Real.
Os minutos iniciais foram de entrega, intensidade e a Velha Senhora fez valer o seu mando de campo pressionando a saída de bola de um Real que simplesmente não conseguia jogar. Confesso que ao ver a escalação, torci o nariz por Allegri ter escolhido Sturaro, volante que fazia a sua estreia em UCL naquela partida, mas entendi a organização das duas linhas armadas e gostei muito do recuo de Vidal para apoiar Pirlo.
Eis que aí o poder de decisão de Carlitos Tevez fez a diferença para o gol de Morata e mais pra frente ele apareceria de novo para consagrar uma grande temporada em Turim.
Como era de se esperar, após o gol, a Juve recuou, o que foi um convite às investidas dos merengues que insistiam no ataque, mas sentiam falta da movimentação de Benzema, pois Bale passou batido. Até que Evra falhou justo à frente de James Rodríguez, impecável, e Cristiano Ronaldo empatou.
Vi um primeiro tempo equilibrado entre as duas equipes até mesmo no número de finalizações. Já na etapa complementar, Real Madrid, sem repertório, abusou de jogar pelos lados alçando bolas na área numa mostra de total falta de coletividade. Outra questão é o banco fraco que não dá a segurança necessária para Ancelotti mexer no time. Prova disso foi a improvisação (até que acertada, vai) de Sérgio Ramos buscando suprir a ausência de Modric.
A Juventus foi campeã italiana no último final de semana e é uma bela equipe. Ainda assim, antes da partida contra o Real, o favoritismo blanco ecoava em meus ouvidos, assim como a curiosidade de ver o duelo entre o belo (CR7) e a fera (Tevez).
Melhor para a fera que terá a chance de colocar o seu time em uma final novamente após 12 anos. O Real é favorito no Bernabéu? Sem dúvida, mas é muito bom que se cuide.


CAMP NOU, BARCELONA 3 x 0 BAYERN DE MUNIQUE

Querido diário,
Acordei com aquele frio na barriga que só o torcedor apaixonado pelo seu time sente em momentos antes de uma partida muito importante.
Eis que o grande momento chegou e todos os meus sentidos se voltaram ao Camp Nou.
Como não poderia ser diferente e à altura de seu técnico, os bávaros entraram em campo buscando forçar a marcação no meio-campo para anular qualquer má intenção do perigosíssimo tridente catalão.
No primeiro tempo, o Barça fez Neuer trabalhar forte, especialmente frente a Suárez que perdeu a melhor das oportunidades criadas.
Havia muito equilíbrio, tamanha é a excelência das equipes. E um dado curioso, eu mal conseguia analisar taticamente as posições, principalmente do Bayern, pois o time, num piscar de olhos, alternava as funções entre si. Prova disso é que muitas vezes vimos Schweinsteiger cair pela lateral direita, o que cá entre nós, eu adoro.
Esperava do segundo tempo exatamente o que foi. Ou seja, estava ansiosa para que os times mostrassem a cara, de verdade, sem disfarces. E o gol de Lionel Messi aos 31 minutos abriu as portas da esperança para pegar fogo de vez. Gracias!!!
Guardiola deve ter se arrependido amargamente de ter colocado Gotze em campo. O time da linda Munique ficou desestruturado, partia loucamente ao ataque deixando um doce convite ao contra ataque letal do Barcelona.
Antes de eu terminar de pensar em escrever isso, aconteceu o lance que não me canso de ver e não me refiro ao Messi, mas sim, ao Boateng desabando. As leis da física jamais explicarão.

E eu vou continuar sorrindo em cada visualização.
Ainda houve tempo para Neymar deixar a sua marca cravando de vez que a parada na Alemanha será épica. Improvável a virada do Bayern, mas não impossível, diga-se de passagem, afinal é futebol.
Eu não poderia terminar sem antes registrar duas sensações. O Camp Nou ontem estava impregnado de Guardiola, de ambos os lados. E é esse futebol de visão além do alcance que inebria, arrepia e que me faz cada vez mais obsessiva.
Quanto ao Messi, existem jogadores, existem craques e existe ele. Simples assim!


Um beijo e até a próxima!


Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão.
Contribui semanalmente com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.


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