sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

FUTEBOL É COISA DE MENINA, SIM!

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?


A polêmica recente causada pela apresentação do novo uniforme do Atlético Mineiro, na qual, lindas modelos desfilaram as camisas apenas de calcinha veio ao encontro justamente dos dilemas que eu e milhares de mulheres vivemos em nossas realidades ainda nos dias de hoje.
No mês passado, vivi uma situação no trabalho, na qual, o sujeito pediu para falar com o responsável da companhia em São Paulo. Assim que me apresentei, fui surpreendida com a seguinte reação: “Mas, como colocam uma mulher numa responsabilidade dessa? ”.
Embora me custe a acreditar que ainda perdure esse tipo de comportamento, o triste é que existe. Alguns são velados, outros são mais diretos e outros, em cima do muro, que até identificam a mulher, mas com desconfiança. E para a mulher, no esporte mais popular e apaixonante do mundo não é novidade nenhuma que parte do público ainda viva na concepção do “isso não é coisa para mulher”. Inclusive, o preconceito também parte das próprias mulheres que não estão inseridas nesse contexto.
O fato é que, e lamento para quem não gosta, mas:


1 – Sim, eu assisto a qualquer jogo. Qualquer.

2 –Sim, eu procuro adequar a minha agenda aos horários dos jogos, especialmente aos finais de semana.
3 – Sim, eu falo palavrão vendo futebol (e não vendo também...rs). Muitos. Todos. 
4 – Sim, eu me controlo para não matar quem fala mal do meu time.
5 – Sim, eu sei escalações e histórias dos outros times também.
6 – Sim, eu ouço futebol no rádio do carro, no celular.
7 – Sim, eu sofro com e pelo futebol. 
8 – Sim, eu vou ao estádio.
9 – Sim, eu uso camisa de time.
10 – Sim, eu sei do que estou falando. Entender de futebol é mais do que saber o que é impedimento.

E por fim, nós mulheres que amamos o futebol é pelo simples fato de amar o futebol e não por nenhuma outra causa que não seja: um gosto, uma paixão.


Por falar em paixão, a única palavra que me vem em mente para definir a partida do São Paulo de ontem é: desastre.
Muito se costuma dizer que o futebol brasileiro ainda sofre do mal em jogar a Libertadores com arrogância. Ok, ainda assim, a vitória ontem era obrigatória, seja como for, o São Paulo jogou em casa e tem um time bom.
Mas, então, o que acontece? Recai nos mesmos erros se preocupando com os efeitos, enquanto as causas não são realmente atacadas. Eis um círculo vicioso com um agravante, em minha humilde opinião: há problemas técnicos e táticos, sim, mas que são potencializados com a ausência de inteligência emocional. Falta cabeça tanto individualmente e em especial no coletivo.
Passando pela Diretoria fraca e incompetente, cujos pecados capitais são a total falta de planejamento e profissionalismo, olhando a partida de ontem, embora enfatizo que o problema nunca foi o técnico, Bauza teve responsabilidade em manter o time jogando naquele esquema diante de uma equipe boliviana retrancada e com um ótimo preparo físico. Além de ter deixado Calleri no banco injustificadamente.
A marcação forte, já na intermediária, anulou Ganso que até se esforçou, bem como a saída de bola. Michel se escondeu. Centu se afobou. Bruno e Mena não funcionaram. A ausência de iniciativa na criação, tem obrigado a bola a cair para os lados do campo forçando cruzamentos excessivos e inúteis.
Insisto que Centurión não pode continuar como titular. Insisto que Michel não honra aquela camisa, muito menos como capitão. E Kieza, pelo amor de Deus, não pode perder um gol daquele. Aquela oportunidade poderia ter mudado os rumos do caminho à classificação. Aliás, a finalização tem uma falta de qualidade sem precedentes, em 18 chutes a gol, apenas 4 foram na direção certa. Para um time profissional, é um indicador assustador.
Enfim, o time mereceu perder. O trabalho demanda paciência, mas está diante da necessidade de buscar e fazer o resultado. E o tempo, meus caros, é implacável.

Na semana que vem tem Barça na Champions League. E eu quero é mais!

Um beijão e até a próxima...



* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

2 comentários:

Anônimo disse...

bom é claro q toda menina pode jogar futebol , tipo eu na minha escola eu sou a única menina eu joga futebol pq hoje em dia as meninas só querem saber de namorar e são muito metidas se quebra uma unha já chora ou cai já chora aff odeio isso meu sonho é ser jogadora de futebol tenho 12 anos e sou a gisele...

Anônimo disse...

bom sou eu de novo só quero falar q na vida não podemos ter medo e se cair levantar não ter medo de mostrar quem somos todos me chamavam de menino só pq eu amo jogar futebol ai eu parei por algum tempo sabe na minha casa sempre tinha brigas e eu de tanto ver aquilo de desde pequena eu fui me alegrando quando conheci o futebol amigos etc... a historia da minha vida n é fácil por isso sou assim não gosto de mostrar meus problemas e tristezas mas sim de ajudar quem precisa..