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Era o jogo do ataque contra a defesa. E foi exatamente isso. O futebol "força + conjunto + retranca" contra o futebol bonito e bem jogado. O antifutebol contra o verdadeiro futebol. O técnico Tite sabia que precisava fazer o gol na frente do Santos, pois dessa maneira as coisas ficariam mais fáceis para sair da Vila com pelo menos um empate. Seu time forçou a marcação no campo de defesa santista até a metade do 1º tempo e numa bola que chegou até o bom Emerson Sheik, inexplicavelmente sem nenhuma marcação dentro da área, o Corinthians fez 1 x 0. Um belíssimo gol do bom e valente Sheik. Daí a coisa ficou realmente feia para o time do técnico Muricy Ramalho. O Corinthians, mais uma vez, escancarou seu estilo de jogo: a forte retranca. Diante de um Ganso sem ritmo de jogo, de um Arouca pouco combativo e de um Neymar sem inspiração e pernas, a tática deu certo. Deu mais certo ainda quando Sheik foi expulso, culpa de sua capacidade de não entender que se fizesse uma falta violenta, fatalmente levaria o cartão vermelho por conta de um amarelo anterior. Com sua expulsão, Tite rearranjou sua equipe no feio 5-4-0. E o apagão nos refletores a 10 minutos do fim da partida só serviu para esfriar o já não tão quente Santos e selar a vitória corintiana por 1 x 0. Se pudesse, com certeza o técnico Tite tiraria 2 jogadores da linha e jogaria sempre com 2 goleiros...
Foram os primeiros 90 minutos de um jogo de 180 minutos. A próxima parada será no Pacaembu, estádio que o Santos conhece e joga muito bem, além de ótimas lembranças, como o tricampeonato da mesma Libertadores, em 2011. A única vantagem dos corintianos é poder se classificar à final com o empate. Ao Santos resta uma missão corriqueira: vencer. E tem time para isso, basta jogar com sabedoria e tranquilidade. Basta jogar como sabe e sempre jogou. Por quê? Por que um time possui o talento e o outro somente a retranca. E o talento sempre prevalesce.
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