segunda-feira, 23 de julho de 2012

A RODADA DE SEEDORF, OBINA E JOEL SANTANA

Poucas surpresas e bastante chatice na 11ª rodada do Brasileirão.
A Portuguesa de novo atrapalhou, Flamengo e Santos de novo perderam, e o Figueirense de novo mostrou que voltou a ser Figueirense, deixando claro que aquele time do ano passado foi um caso do acaso. Simples assim.
De máquina de fazer gols em 2010, o Santos passou a ter hoje o pior ataque do Campeonato Brasileiro. É sofrível para o santista esse tipo de situação, já que o clube sempre teve DNA ofensivo. Com a chegada do argentino Patito Rodriguez e possivelmente de Rafael Moura, que não tem mais lugar no ataque do Fluminense, a situação deve melhorar. E precisa melhorar logo.
O São Paulo não tem um time. O técnico Ney Franco terá bastante trabalho pela frente. E agora, com a saída de Lucas para o exterior, a coisa fica ainda pior, já que o atacante Luis Fabiano não está disposto e parece nem ter condições físicas de jogar regularmente.
O Corinthians venceu bem o Flamengo por 3 x 0 no Engenhão e isso já parecia ser um prenúncio de que teria dificuldades diante da modesta Portuguesa. E teve mesmo. Um empate, em pleno Pacaembu, com sabor de derrota. 2 pontos que certamente farão falta.
Agora o que teve destaque na rodada:
Como já era de se esperar, Joel Santana não é mais o técnico do Flamengo após mais uma derrota, dessa vez para o Cruzeiro. A enxurrada de críticas derrubou o treinador, que deve ser substituído pelo competente Dorival Junior. Que joga pra frente e gosta de trabalhar com as categorias de base, justamente aquilo que o Flamengo mais precisa neste momento, apesar do campeonato estar em andamento. Agora fica a pergunta: Para onde o Joel vai levar sua velha e ultrapassada prancheta? Os outros 3 times cariocas já têm treinadores, assim como o Bahia que também dispensou o Falcão e já contratou o Caio Junior... Será que o Joel vai seguir para a 2ª divisão? 3ª divisão?..
Obina reetreou pelo Palmeiras contra o fraco time do Náutico, que já busca assegurar uma vaga na série B do ano que vem. E aquele que dizem ser "melhor que Eto'o" fez 2 gols e ajudou o time de Felipão a vencer por 3 x 0. Confesso que esperava um jogo mais pegado por parte dos nordestinos, mas...
E, por fim, a noite era de estréia internacional no Rio de Janeiro. O palco era o estádio do Engenhão, que jamais lotou (e nem dessa vez lotou). O jogo era entre Botafogo x Grêmio. Clarence Seedorf, meia holandês de 37 anos, ex-Real Madrid e Milan, faria sua primeira partida em terras tupiniquins vestindo a camisa botafoguense. Assisti o jogo. Feio, de baixo nível técnico e tático, truncado demais. O brilho só ficou por conta dos flashes e dos holofotes da mídia. Fora dois ou três lances inspirados do holandês, nada demais aconteceu. E o Grêmio de Luxemburgo ganhou por 1 x 0. Os cariocas "seedorferam" com os gaúchos dentro de casa. E na estréia do cara.

4 comentários:

Unknown disse...

O que impressiona mesmo é vê o time que tinha o melhor ataque só funcionar com a presença do Neymar. Apesar de não gostar do mulek, ele tem feito falta no time fazendo o mesmo ter uma visão mais ampla do rebaixamento

Alessandro disse...

O time que tinha o melhor ataque do mundo (e não apenas do "campeonato") não tinha somente o Neymar, mas Ganso, André, Robinho e Wesley, que se revezavam na linha de frente. Esse ataque fez 39 gols na Copa do Brasil de 2010, recorde absoluto do torneio desde que foi criado em 1989. Isso dá em média mais de 5 gols por partida. Jamais será batido. Agora, com o atual elenco, o Santos tem sim dependência pelo Neymar que, por sinal, é um dos melhores jogadores do mundo, gostem ou não dele. E em relação à "visão do rebaixamento", o Santos é o único dos 4 grandes paulistas que jamais conheceu a 2ª divisão, pois Palmeiras e Corinthians já foram rebaixados no Brasileiro e o São Paulo, para quem não sabe, também já foi rebaixado em 1991 para a 2ª divisão do Campeonato Paulista. O Santos nunca foi rebaixado em seus 100 anos. E além do mais, tem bastante campeonato pela frente. E quem tem a visão mais ampla e real do rebaixamento é quem geralmente só disputa a 2ª divisão na vida.

Unknown disse...

Um bom técnico não pode contar somente com os "craques" do time, ele tem de ter bons jogadores em campo e os seus reservas o mesmo padrão o que, aliás, nada puderam fazer pra contribuir para o time. Neymar não ficará no SANTOS pelo resto da vida, é preciso que se pense no HOJE, no agora, pra lá na frente se obter resultados positivos. Cartas na manga pra que na falta de um de seus atacantes, outro possa substituir, não da mesma forma, mas que colabore pelo menos a manter o time no padrão do EX-MELHOR ataque do mundo.
É um time, não é? Então não é somente a linha de frente que tem que ser efetiva..
E quanto ao rebaixamento, em seus 102 anos o Corinthians nunca havia conquistado uma libertadores.. Quanto tempo o SANTOS vai durar pra cair? Se é que cai.
Tem muito campeonato pela frente, o Muricy ainda vai contar com a ajuda de seu melhor atacante, ( que me parece fazer o papel de time sozinho, vê-se pela fase que passa o SANTOS sem ele ) pra vê se salva a seleção SANTISTA .

Alessandro disse...

O técnico da seleção brasileira tem a sua disposição o elenco que ele escolher. Sim, ele e somente ele tem esse privilégio de poder "selecionar" os melhores jogadores e treiná-los a sua maneira. Agora me diga qual treinador conseguiu fazer da seleção um time, como você mesma disse acima? Parreira? Zagallo? Dunga? Felipão? Só vi um único treinador que foi capaz disso: mestre Telê Santana, em 1982. Eu tinha 11 anos e foi a última seleção para qual eu torci de verdade. Digo isso para que você veja que todos os times possuem um jogador diferenciado, aquele que faz a diferença, que decide. Neymar sempre foi esse "cara" desde que começou profissionalmente em 2009. A diferença era a qualidade do restante do elenco, os coadjuvantes e operários que lhe davam condições de decidir, como o Santos de 2010 e 2011. O time do Santos, com Dorival, Leão, Muricy, Luxemburgo, etc, conquistou 9 títulos nos últimos 10 anos, mais 4 vices. Ou seja, algumas vezes em segundo, Na segunda, jamais.