segunda-feira, 9 de julho de 2012

SOBRE BORGES, ELANOS E GANSOS...

Sempre disse (e continuo acreditando nisso) que, na vida e principalmente no futebol, o talento sempre prevalesce. Mas o quê fazer quando o talento está em baixa?
Vontade e disposição.
Veja o exemplo da equipe do Santos. Saiu o Borges, o Elano e o Ganso e o time voltou a jogar bem. Goleou o bom time do Grêmio por 4 x 2, na Vila Belmiro, pela 8ª rodada do Brasileirão. Detalhe: foi a primeira vitória do Santos no torneio, que até então só havia empatado e perdido, fora e dentro de casa.
Ora, se o talento está em baixa (Neymar), tem que dobrar a dose de vontade e disposição dentro de campo. Borges não é nem de longe o centroavante que foi o artilheiro do Brasileirão de 2011. Começou voando no Santos, há aproximadamente um ano, e nesta temporada está apático, desmotivado, perdendo gols que não costumava perder. Até o esforçado Alan Kardec tirou sua vaga na equipe titular desde o começo do ano.
O Elano, mimizento e sem nenhuma disposição. Com muitos problemas extra-campo, o ídolo da torcida santista só jogava por aquilo que fez no passado. Não merecia ser titular e quando o foi, decepcionou. Elano se "livra" da bola dentro de campo. As cobranças de bola parada, sua especialidade, são ridículas. Não acerta escanteios, faltas, cruzamentos, nada, seus chutes de longa distância são bizarros. Um cone dentro de campo. Bem diferente do Elano de 2011. Um clube tem que estar sempre acima do passado de qualquer jogador.
O Ganso já passou da hora de sair. Só mereceu os aplausos que tanto diz merecer na temporada de 2010. Lá sim foi o tal maestro. Falta humildade ao Ganso. Em 2011, participou pouco da conquista da Copa Libertadores. No Brasileirão, não me lembro de uma sequência de jogos convincente. Ficou meses parado por contusão. Em 2012, mais lesões e mais tempo parado. E quando atuou, foi sem brilho. Insiste em se autovalorizar, mas há bastante tempo não mostra esse valor dentro de campo. Não aceitou a proposta do Santos por uma boa renovação de contrato, até mais do que ele realmente tem merecido. O Ganso fala muito e joga pouco. E a torcida santista já percebeu faz tempo que é naturalmente possível viver sem ele.
Sem Borges, Elano e Ganso o Santos voltou a jogar. E bem. Os que entraram estão com muito mais vontade e disposição. E futebol também é isso.

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