domingo, 19 de julho de 2015

TRÊS FORMAS DE AMAR - HISTÓRIAS DO FUTEBOL DE ONTEM E HOJE

*por Priscila Ruiz

Olá, tudo bem com vocês?

Para uma tricolor apaixonada como eu, não poderia deixar passar em branco uma data especialíssima.
Da sua vinda do Palmeiras até a última partida em 24 de novembro de 1996, foram 432 jogos pelo São Paulo. Partidas que marcaram uma geração inteira de “sampaulinos”.
Pois é, estou falando de algo bem comum aos ouvidos nos saudosos anos 90: “Zeeeeeeeetti”. Foi num 15 de julho, há 25 anos, que o goleiro vestiu pela primeira vez o manto tricolor que o levou também a ser protagonista, naquele período de ouro do clube, recheado de grandes conquistas.



Sob um olhar clínico, destaco duas passagens emblemáticas. A mais lembrada, sem dúvida, foi a defesa do pênalti cobrado por Gamboa, do Newell’s Old Boys, e que culminou na conquista da Libertadores de 1992, primeira do São Paulo e que carimbou a transformação de como nós, brasileiros, percebíamos a competição à época. Uma outra passagem que está na prateleira afetiva dos momentos incríveis que o futebol já proporcionou foi uma sequência de quatro defesas, no jogo de ida da final da Libertadores de 1993, contra a Universidad Católica no Morumbi, e que tive o privilégio de assistir a poucos metros de distância.
Contudo, a atuação inesquecível, em minha opinião, foi contra o Palmeiras, no Pacaembu, nas oitavas de final da Libertadores de 1994. O Tricolor vinha de uma maratona infindável de jogos no exterior e pelo Paulistão, o time estava cansado, o jogo arrastado, sem oportunidades claras de gol, mas ele estava lá e fechou o gol em uma noite inspirada, garantiu o empate em 0 a 0, fundamental para a classificação que viria no jogo seguinte, com a vitória por 2 a 1 no Morumbi. Sim, eu estava lá.
Zetti saiu de cena abrindo as cortinas do espetáculo para Rogério Ceni. Não serei ousada em compará-los, porque são perfis e épocas completamente diferentes. Mas reconhecerei que nesta posição o São Paulo também foi agraciado com jogadores diferenciados que hoje são verdadeiras lendas vivas do futebol.





Outro fato que me arrepiou na última semana foi a reapresentação de Carlitos Tevez no Boca Juniors.
Carlitos disputou 110 jogos e marcou 38 gols entre 2001 e 2004, conquistando quatro títulos. Passou pelo Corinthians, por temporadas na Europa, sendo a última na Juventus de Turim, onde finalmente deixou a sua marca e saudades.
Entretanto, o que realmente fez o meu coração bater mais forte, foi que nisso tudo Carlitos não optou pelo glamour e o dinheiro em detrimento de ser lembrado eternamente por uma torcida apaixonada e abriu mão para voltar às suas origens.
Momento raro no futebol de hoje em dia que merece muito respeito.


Para terminar, vou dar alguns pitacos sobre a partida entre Inter e Tigres.
Vi um jogo franco com a bola rolando em que as qualidades e defeitos foram evidenciados, mas muito mais que isso, o que ficou nítido foi que a motivação colorada para a competição é muito diferente do que o time tem apresentado no Campeonato Brasileiro.
O Inter jogando completo foi outro fator motivacional dentro de casa. E os reforços do Tigres, mesmo que fora de ritmo, se apresentaram de forma satisfatória.
É fato que os anfitriões poderiam ter saído com um resultado melhor. A vantagem será importante, mas para mim, o confronto segue totalmente indefinido. 
De qualquer forma, fica a torcida pelo futebol brasileiro e por mais uma final eletrizante entre nós, “hermanos”.

Um beijão e até a próxima!



* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

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