terça-feira, 11 de agosto de 2015

A ILUSÃO ATREVIDA E O PERIGO


A segunda derrota seguida do Palmeiras expôs três situações. A primeira de que, mesmo jogando no Allianz Parque, o bom e entrosado time do Atlético-PR é superior ao time de Marcelo Oliveira e por isso venceu por 1 x 0 uma rodada antes. A segunda é de que perder por 2 x 1 para o Cruzeiro, jogando no Mineirão, é algo absolutamente normal, independente da posição do time mineiro na tabela (ademais, jogar com uniforme da seleção brasileira no Mineirão é hoje sinal de mau agouro). Dois resultados normais na sequência do campeonato que atestam que o Palmeiras não é o time excepcional que muita gente imaginou que poderia ter se tornado após a chegada do técnico Marcelo Oliveira. E não, "não pintou o campeão", como talvez se iludiram muitos palmeirenses num sopro de esperança que há tempos não sentiam. Mas fica clara a certeza de que a única coisa em comum que existe entre o atual treinador e o anterior é o sobrenome "Oliveira". Se o presidente Paulo Nobre mantivesse Oswaldo de Oliveira no comando do time, como tanta gente "entendida" da mídia afirmou que era o correto, o Palmeiras estaria, com o mesmo elenco, rastejando na tabela.


Quando o Santos perdeu para o Palmeiras por 1 x 0, no Allianz Parque, em sua segunda partida como técnico da equipe, Dorival Júnior enalteceu a postura de seu time que, segundo ele, "jogou muito bem e não mereceu perder". Além de afirmar que, com aquele futebol apresentado no clássico, o Santos sairia rapidamente da zona de perigo. Três rodadas depois, uma classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil eliminando o bom time do Sport e já respirando fora da zona perigosa do Campeonato Brasileiro, o mesmo Dorival não poupou críticas à sua equipe logo depois da fácil vitória por 3 x 0 sobre o fácil Coritiba. Porque há jogos em que se perde jogando muito bem e outros que se ganha jogando mais ou menos. No entanto, sempre é possível (e preciso) melhorar a produção de um time através de métodos, conceitos e treinamentos, técnicos e táticos, e não apenas promovendo disputa de rachões.

Vasco e Joinville empataram em 0 x 0 no Maracanã. Os 40 mil vascaínos voltaram para casa com a sensação ingrata de que vão rever esse duelo em 2016. Na Série B.

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