segunda-feira, 3 de agosto de 2015

AFIRMAÇÃO, FRUSTRAÇÃO E REAÇÃO


O eletrizante Atlético-MG x São Paulo abriu talvez a melhor de todas as 16 rodadas deste Campeonato Brasileiro. O típico jogo onde o vencedor mereceu ganhar e o perdedor não mereceu perder, pelo menos não por um placar de 3 x 1. Uma grande partida de futebol, com Mineirão lotado, quatro gols, muitas chances para cada lado, gols imperdíveis perdidos e, é claro, falhas defensivas. E decisivas. O técnico colombiano abriu demais o jogo diante de um adversário letal, o líder que colocou o "X" nas costas e está prestes a sair em disparada no campeonato. Em noite inspirada de Pratto e infeliz de Pato, o Atlético-MG de Levir Culpi atropelou o São Paulo de Osório com irritante tranquilidade, favorecido pela falta de pontaria dos homens de frente são-paulinos e pela lentidão de Ganso, um jogador cada vez mais virtual.

Dias depois, em manhã ensolarada de domingo, os palmeirenses lotaram novamente o Allianz Parque na expectativa de ver mais uma vitória de seu time que, embalado, havia massacrado o Vasco uma semana antes. Mas o Atlético, embora não seja o de Minas Gerais, está bem longe de ser o Vasco. O time paranaense tem mais qualidade no conjunto da obra, marca e desarma muito bem e sabe sair rápido para o ataque. Mais agressivo, o ataque atleticano fez o goleiro Fernando Prass ser bem mais exigido que o goleiro Weverton. E o gol da vitória dos paranaenses por 1 x 0 veio de Walter, que apesar de contestado por sua falta de preparo físico, tem faro de gol, se posiciona sempre muito bem na área e possui ginga e técnica na mesma proporção de seu peso. Motivo para pânico no Palestra? Claro que não. O Palmeiras do competente técnico Marcelo Oliveira (que arrumou a casa desde que chegou para o lugar do pacato Oswaldo de Oliveira) é um time inferior ao do Atlético-PR. Um resultado normal.
A cereja do bolo da rodada veio do Maracanã de tanta gente, recorde de público no torneio, onde rubro-negros que ainda não têm motivos para festejar aparecem de todos os lados apenas para cultuar o futebol e, é claro, o Flamengo. Do outro lado, um Santos em franca recuperação, que inegavelmente subiu bastante de produção após a chegada do técnico Dorival Júnior. Outro grande jogo com casa cheia, movimentado, bem disputado, com quatro gols, chances perdidas e falhas defensivas, inclusive dos goleiros. Qualquer um dos times poderia sair com a vitória e o placar de 2 x 2 foi justo pelo que fez o Flamengo no 1º tempo e pelo que fez o Santos no 2º tempo. E também pelo que não fez Paolo Guerrero e pelo que voltou a fazer Lucas Lima. A certeza é de que Flamengo e Santos apresentam evolução nas últimas rodadas e se ambos não têm qualidade suficiente para brigar na parte de cima, também não faz sentido estarem tão próximos do rodapé da tabela.
O fechar das cortinas do primeiro turno mostra o quanto alguns times podem evoluir, que outros times devem colocar os pés no chão e que o Atlético-MG é o time a ser batido. Ao contrário do Vasco, cada vez mais abatido.

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