domingo, 30 de agosto de 2015

ONDE FORAM PARAR AS ZEBRAS? – HISTÓRIAS DA COPA DO BRASIL E ALGO MAIS...

*por Priscila Ruiz

Olá amores, tudo bem com vocês?

Peço desculpas pela ausência na semana passada, a agenda de viagem a trabalho não me permitiu fôlego para escrever, mas eis que estou de volta aqui!
E a volta promete ser em grande estilo, afinal tivemos uma semana recheada de bola rolando justamente para não faltar assunto. Para começar, vamos de Copa do Brasil.


Taí um campeonato adorável que sempre nos proporciona zebras. Mas, desta vez, não foi bem assim, mesmo com a permanência do Vasco. Por que? Porque o time cruzmaltino, mesmo no abismo, soube aproveitar muito bem o retrospecto em clássicos contra o Flamengo, bem como usou a seu favor as fraquezas de seu adversário e que são as suas na maioria das partidas. De qualquer forma, se no Brasileirão há um caminho sem volta, quem sabe na Copa do Brasil a luz de Rafael Silva não é a que está no fim do túnel.


Muito se ouviu que o Santos fez a partida perfeita contra o Corinthians e isso, guardadas as devidas proporções, me lembrou muito o 5 x 0 do Barça de Guardiola em cima do Real de Mourinho em 2010. A verdade é que o conceito de perfeição é muito particular e sinuoso também. Ao visualizarmos o perfeito sendo o melhor possível para se chegar onde quer, então sim, o Santos cumpriu o riscado.
A equipe de Dorival Junior foi excelente técnica e taticamente. O Corinthians sem Jadson perdeu a movimentação do meio-campo, sem Fagner na lateral direita perdeu possibilidades na frente e ganhou lentidão na recomposição atrás, e o Santos jogou justamente em cima disso. Já com um placar adverso sendo ampliado tão cedo, obviamente o alvinegro da capital foi forçado a sair para o jogo mais do que nunca. Eis que isso sacramentou o Santos como o senhor da partida. Classificação indiscutível.


Sempre repito que no futebol quando nada se espera, muito acontece. E foi o que vi na partida do São Paulo contra o Ceará. Reconheço que temia um novo vexame, mas a verdade é que o Tricolor fez a sua obrigação e buscou a classificação sob a presença inspiradora e marcante de Rogério Ceni.
O fato é que é preciso tempo para Osório traduzir a sua filosofia em resultado e, além de tempo, é imperativo que o São Paulo pense em plantel. Obviamente, a vitória traz alívio e fortalece a autoestima, assim como também abre caminho para voltar a sonhar com a chance de um título. A confiança e a torcida não só aparecem como opção, mas como condição!
Ao Vasco, Santos e São Paulo se juntam Palmeiras, Figueirense, Fluminense, Inter e Grêmio. Ou seja, prenúncio de belas quartas-de-finais, as quais serão definidas em sorteio na próxima segunda-feira (31).

Por falar em sorteio, do outro lado do oceano foram definidos os grupos da Champions League 2015/2016.
A nova regra prevê os campeões nacionais dos oito países mais bem posicionados na UEFA como cabeças de chave. Isso não chega a ser um problemão. Contudo, não permite um equilíbrio tão adequado.
Convenhamos que ter uma chave com Juventus (campeã italiana), Manchester City (vice-campeão inglês), Sevilla (campeão da Liga Europa) e Borussia Monchengladbach (quarto colocado na Alemanha) é uma coisa. E outra chave com Zenit (campeão russo), Valencia (quarto colocado na Espanha), Lyon (vice-campeão francês) e Gent (campeão belga) é outra completamente diferente.
Seja como for, a temporada será quente, porque pode se perder um pouco em requinte, mas sem dúvida nenhuma ganhamos muito em competitividade.
E é disso que a gente mais gosta! Ou não é?

Um beijão, até a semana que vem!


* Priscila Ruiz é advogada, especializada em Segurança e Direitos Humanos. E para ela "la vida es aquello que sucede cuando no hay fútbol". Ou seja, sim, ela é loucamente apaixonada pelo esporte bretão. Contribui com o AL MANAK FC através de sua opinião inteligente e analítica.

Um comentário:

Alessandro disse...

Concordo que o técnico Juan Carlos Osório precisa de tempo e, principalmente, elenco para colocar suas ideias em prática. Não dá para implantar uma filosofia de jogo moderno e ofensivo, como ele defende, com jogadores como Breno, Bruno, Lucão e Carlinhos, por exemplo. Pior: com a saída quase iminente de Alexandre Pato, Osório ficará sem poder de ataque, o que dificultará ainda mais. Como não acredito que a diretoria do São Paulo lhe ofereça melhores recursos no quesito material humano a curto e médio prazos, é bem provável que sua permanência no Morumbi esteja a deriva, especialmente com a possibilidade de comandar uma seleção na próxima Copa do Mundo.
E Gostei da distribuição dos times no sorteio da Champions League. Como você disse, se perde em requinte, mas por outro lado se otimiza a competitividade.
Mais um excelente texto. O ponto de vista sempre analítico e apurado.