domingo, 31 de outubro de 2010

MARADONA, LA MANO DE DIOS

Sábado 30/10 assisti o filme "Maradona, La Mano de Dios", pela primeira vez exibido na televisão brasileira, homenagem do canal Sportv ao aniversário de 50 anos de Dom Diego. Simplesmente maravilhoso. Bem produzido, o filme retrata os momentos marcantes da carreira e da vida pessoal de Diego Armando Maradona, desde os tempos da infância pobre na Vila Fiorito, subúrbio de Buenos Aires, até o ano de 2004, quando Diego esteve internado num sanatório psiquiátrico cuidando de sua dependência química.
Polêmico, instigante e repleto de imagens de arquivo que mostram o futebol genial desse artista da bola, que insistiu em curtir sua vida com todas as emoções possíveis, não se preocupando com o futuro, com as consequências. A sua única exceção era fazer feliz a população argentina com seu futebol e especialmente com a conquista da Copa do México de 1986, quando sozinho carregou a seleção de seu país nas costas. O filme mostra a carreira promissora do menino pobre, o começo de tudo no Boca Juniors, a ida para o Barcelona-ESP, o auge nos tempos de Nápoli-ITA ao lado de Careca, a Copa de 86, a decadência nos anos 90, a sacrificante preparação para a Copa do Mundo dos EUA de 1994 que culminou com sua derrocada no futebol ao ser pego no exame anti-doping daquele Mundial. Mostra também suas polêmicas, seu luxo, mulheres, poder e sua relação com as drogas. Mas o que mais marca no conteúdo do filme é sua relação de amor com Claudia, sua esposa, que jamais o abandonou, nem quando ele próprio a abandonou. Claudia sempre esteve ao lado dele, acompanhando-o, cuidando e sofrendo ao lado dele. A história de Maradona é linda pelo seu futebol, mas bastante polêmica no lado pessoal. Uma única certeza: Diego foi louco, problemático, errante, fora dos campos cometeu todos os exageros que o dinheiro e a fama lhe proporcionaram, mas foi um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, gênio com a bola nos pés, diferenciado, craque, maestro, monstro, intolerante, absoluto.
Parabéns pelos 50 anos de vida.

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