segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A MARÉ MANSA DO CORINTHIANS... E COM SORTE DE CAMPEÃO.


Escrevi há cerca de quinze dias (leia o post http://almanakfc.blogspot.com.br/2015/09/a-incompetencia-de-quem-apita-e-de-quem.html#more) que tudo caminhava relativamente bem para o Corinthians na temporada, que o campeonato começava a perder a graça ainda restando 15 rodadas e que pouca coisa poderia incomodar a maré mansa do time de Itaquera. E só o que mudou três rodadas depois é que agora restam "apenas" 33 pontos para serem disputados.
Quando o Corinthians perdeu para o Internacional fora de casa por 2 x 1 encerrando uma série invicta de 17 jogos, o que seus adversários teoricamente "concorrentes" fizeram para tentar encurtar a distância na tabela de classificação?
O Atlético-MG perdeu de goleada para o Santos que perdeu antes para a Ponte Preta. O Grêmio perdeu duas partidas, para São Paulo e Palmeiras. O mesmo São Paulo que perdeu para o Santos, para o Avaí e empatou sem gols com a Chapecoense em pleno Morumbi. O Flamengo, que mostrou certo fôlego num sopro de esperança após cinco vitórias seguidas, perdeu para o Coritiba e depois de goleada para o Atlético-MG. O Internacional, que venceu o Corinthians, na sequência tropeçou dentro de casa diante do pacato Figueirense.
Quem faz a sua parte e quem não faz? Por que os outros times não conseguem ser regulares e pragmáticos como o time de Itaquera?
O líder Corinthians, mais uma vez, fez sua parte. Contra o Santos, que havia goleado o vice-líder Atlético-MG uma rodada antes, impôs um ritmo tão forte quanto o exuberante calor que assolava o Itaquerão às 11h00 de domingo, 38º no gramado. Com um futebol constante do início ao fim, o time de Tite simplesmente não deixou o Santos jogar. Os números do clássico não mentem: a equipe de Elias, Jadson e Renato Augusto trocou mais de 400 passes durante o jogo e acertou mais de 80% deles. Finalizou 17 vezes ao gol santista e sofreu somente 6 chutes. Chegou mais de 40 vezes à entrada da área do goleiro Vanderlei com a bola dominada, trocando passes. Ou seja, o time de Dorival Júnior foi envolvido e não conseguiu jogar, o que já havia acontecido um domingo antes em Campinas, no mesmo horário das 11h00, na derrota para a Ponte Preta. O Santos fora de casa e jogando nas manhãs ensolaradas de domingo é um time comum, bem menos ousado que de costume. Sabe-se lá porquê.
Já o torcedor deslumbrado pode acreditar naquilo em que desejar, de que há um suposto "esquema de arbitragem" manipulado a favor do Corinthians, de que o "campeonato está comprado" e coisas do gênero. E para alimentar ainda mais as picuinhas, o árbitro do clássico, Flávio Rodrigues Guerra, deu gás a qualquer discussão pós-jogo ao roubar a cena no lance crucial da partida. Vamos aos fatos:
Foi pênalti sobre Vágner Love? Sim, foi. O lateral Zeca chuta o corintiano por trás.
Então por que o juiz expulsou David Braz no lugar de Zeca? Porque nem ele, Flávio Guerra, nem seu auxiliar enxergaram quem fez a falta dentro da área, o que foi confirmado depois pelo próprio apitador.
Neste caso, como David Braz e Zeca não são nada parecidos fisicamente, fica claro que o juiz assinalou o pênalti por impulso, sob pressão, atendendo ao aceno do bandeira que viu o atacante corintiano cair dentro da área no momento do arremate. Mas Flávio Guerra sequer viu a ocorrência da falta.
Ou seja, o pênalti foi claro. Mas o árbitro não viu. E mesmo assim marcou.
Isso mostra mais uma vez o amadorismo e a total incapacidade da grande maioria dos árbitros. Eles não erram de forma intencional, como rezam as "teorias de conspiração anti-corintianas". Mas erram por serem fracos, muito ruins. Por incompetência. São mal preparados tecnica e fisicamente e se tornam protagonistas em vários jogos, em muitas rodadas, como no clássico entre Corinthians x Santos, ofuscando até mesmo o futebol eficiente, bem treinado e bem organizado taticamente do Corinthians.
O Corinthians, que só perdeu 4 vezes em 27 partidas, venceu o Santos por 2 x 0 de forma exemplar e com méritos. E se Vágner Love ainda não consegue fazer seus gols, pelo menos possui sorte de campeão. Nem tanto pela marcação de um pênalti que o juiz deu, mas não viu. Mas principalmente porque se o santista Zeca não lhe derrubasse por trás, Love provavelmente não faria o gol e a partida, quem sabe, terminaria empatada em 0 x 0.
Sim, com Vágner Love é possível ter "azar no jogo e sorte no amor". De campeão.

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