terça-feira, 24 de abril de 2012

O INFERNO ASTRAL DE MESSI E A ALEGRIA DE MOURINHO


Em uma semana o mundo desmoronou para o todo-poderoso Barcelona. Foi eliminado da Copa dos Campeões da Europa para o patinho feio Chelsea e deu adeus ao título espanhol ao perder para o arquirival Real Madrid. E o quê é pior: as duas eliminações em pleno Camp Nou.
No jogo diante dos ingleses, por exemplo, 95 mil espectadores assistiram ao Barça sucumbir ao empate em 2 x 2 contra o time de Ramirez, Drogba e Fernando Torres, em atuação brilhante também do goleiro Cech.
Contra os espanhóis, no chamado "superclássico", assistiram Cristiano Ronaldo fazer o 2º gol do Real Madrid na vitória dos merengues por 2 x 1, além de ter que engolir os gestos do português pedindo para os catalães "abaixarem a bola".
Lionel Messi, o argentino que é o melhor jogador do mundo há 3 anos, não marcou nenhum gol nessas 3 partidas mais importantes do ano. Justamente ele, que está acostumado a marcar 3 gols e dar pelo menos 2 assistências por partida.
Mas o quê será que aconteceu para a derrocada do sobrenatural Barcelona? O esquema tático que José Mourinho e Di Matteo, técnicos de Real Madrid e Chelsea respectivamente, utilizaram em campo. Simplesmente reforçaram a marcação atrás, com uma retranca sólida formada por praticamente todos os jogadores, mas que permitiram contra-ataques rápidos. Até mesmo o principal jogador do Chelsea, Didier Drogba, estava sempre na defesa ajudando na marcação forte e nos desarmes. E os gols do time britânico foram marcados justamente em jogadas de contra-ataque, com infiltração veloz do volante brasileiro Ramirez pela direita fazendo um belíssimo gol por cobertura na entrada da área e, já nos acréscimos do 2º tempo e para fechar a fatura, outra chegada rápida do bom atacante Fernando Torres, que aproveitando ótimo lançamento e sem ter a presença de nenhum jogador do Barcelona na defesa, partiu para o drible sobre o goleiro Valdez e concluiu sem dificuldade para o gol.
O mesmo nó tático na equipe de Guardiola aconteceu na derrota para o Real Madrid, armado pelo seu desafeto José Mourinho.
Sem conseguir se infiltrar na defesa adversária com toque de bola rápido e envolvente, sua principal característica, e com o tempo passando, o Barcelona entrou em parafuso nas duas partidas e começou até mesmo a apelar para os chutões, no melhor estilo "bumba-meu-boi". Errou passes em grande número e se desestabilizou emocionalmente. E com isso, vieram as eliminações.
Messi, além de não fazer gol e estar muito aquém em ambas as "decisões", ainda perdeu um pênalti contra o Chelsea quando o jogo ainda estava 2 x 1 para sua equipe. E era visível o semblante extremamente tenso do técnico Pep Guardiola vendo a viola em cacos. Coisa rara.
Em apenas uma semana, Messi, Xavi, Iniesta, Daniel Alves, Busquets, Valdez, Guardiola e companhia estão sentindo-se como meros mortais. É o inferno astral dos ET's da Catalunha.

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