segunda-feira, 1 de junho de 2015

O GUARANÍ E O PALMEIRAS EM ITAQUERA?


Numa semana agitada nos bastidores do futebol, onde a grande estrela foi o FBI, veio o primeiro clássico paulista do Campeonato Brasileiro. O Corinthians ainda favorito, mesmo com a ausência do "ex-ídolo" Paolo Guerrero, que foi motivo de protesto dos torcedores corintianos que exibiam cédulas de dinheiro com seu rosto estampado. Emerson Sheik também não entrou em campo, mas convenhamos, esse já não jogava faz tempo. O Palmeiras em baixa devido aos maus resultados recentes, uma derrota em casa para o esforçado Goiás e um empate sem gols diante do modesto ASA (aquele mesmo), pela Copa do Brasil, também dentro de casa.
Tite, mais seguro, apesar da turbulência nos bastidores. Oswaldo de Oliveira, com a batata assando dentro do forno.
Mas quando o jogo começou, o que se viu na verdade foi a continuação do clássico pelas semifinais do Campeonato Paulista. O Palmeiras superior e mais confiante, que só não goleou o Corinthians dentro de seus domínios porque não se preocupou com isso. O placar de 2 x 0 veio naturalmente e a diferença para o jogo do Campeonato Paulista, é que o time de verde dessa vez não se abdicou de jogar no 2º tempo. O goleiro Cássio, por exemplo, fez pelo menos três defesas importantes e evitou o pior.
Do lado do Corinthians, um time nervoso, ansioso, que sentiu o primeiro gol palmeirense. Um time que hoje altera para baixo sua forma de jogar diante de um revés, o que não acontecia no início da temporada. Será que aquele futebol vibrante, envolvente, de toque de bola preciso e quase matemático, ficou no vácuo do atraso do pagamento dos salários aos jogadores?
Vágner Love não jogou e no lugar de Guerrero entrou Romero, que a própria natureza encarrega-se de marcá-lo no ataque. O colombiano Stiven Mendoza é uma aposta, sabe jogar, é habilidoso e tem muita velocidade. Pena que não consegue administrar tudo isso ao mesmo tempo e fica mesmo só na correria.
E o Oswaldo de Oliveira, que estava na corda-bamba antes do clássico, tirou sua batata do forno temporariamente. Porque, no Brasil, ter padrão de jogo é vencer. Não importa a tática ou o nível do futebol apresentado, o mais importante é pontuar. E parece que o técnico do Palmeiras conseguiu, de repente, fazer o time jogar. Uma tarde de magia, já que até Valdívia resolveu jogar bem e não desaparecer como quase sempre.
Como desgraça pouca é bobagem, os quase 30 mil corintianos que foram ao Itaquerão ainda tiveram que relembrar a recente e melancólica eliminação da Copa Libertadores, engolindo a seco a imagem de uma camisa do Guaraní, do Paraguai, que sobrevoou o estádio através de um drone invasor indesejado, para delírio dos rivais. Uma justa homenagem para quem está nas semifinais do torneio sulamericano.
Futebol é isso. Essa é a essência. É alegria, é rivalidade, é gozação, tiração de sarro. Afinal, mais que o drone, piada é o futebol "bumba-meu-boi" que o Corinthians apresentou contra Guaraní e Palmeiras em Itaquera.


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